Cinco espécies de tubarão em risco serão protegidas
Cem milhões são mortos a cada ano, o que agrava a degradação dos oceanos
POR Adriana Cruz
Rio -
Eles ganharam fama de assassinos cruéis e há quem defenda o seu
extermínio. Conhecidos há 400 milhões de anos e hoje separados em 375
espécies (no Brasil são conhecidas 88), os tubarões não têm nada de
sanguinários, garantem biólogos e ambientalistas. Esses peixes têm papel
crucial no equilíbrio do ecossistema marinho. Porém, de tão caçados,
estão em perigo de extinção. Agora alguns deles serão protegidos.
Representantes de 178 países da convenção sobre o comércio internacional de espécies ameaçadas (Cites) decidiram esta semana restringir ao máximo a pesca do tubarão galha-branca-oceânico, de três espécies de tubarão-martelo, do tubarão marracho, e, de quebra, duas espécies de raias-manta.
Para ambientalistas, essa medida já deveria ter sido tomada há muito
tempo. Cerca de 100 milhões de tubarões são mortos anualmente no mundo,
segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação (FAO), que estima que 90% da população deste animal
desapareceu no último século. Os países asiáticos, como o Japão, são os
maiores consumidores de tubarão, cujas barbatanas são usadas em sopas.
“Talvez seja um pouco tarde para protegê-los, disse Steve Galster,
diretor da ONG Freeland. “Mas antes tarde do que nunca”.
O biólogo Marcelo Szpilman, do Instituto Ecológico Aqualung e autor de “Tubarões no Brasil”, comemorou. “Os tubarões são seres que precisam ser protegidos, como qualquer outro animal”.
Szpilman explica que os tubarões exercem duas funções primordiais no meio ambiente marinho. Primeiro, como predadores situados no topo da cadeia alimentar, o equivalente oceânico aos leões africanos e tigres asiáticos, os tubarões asseguram um tipo de ordem nos oceanos.
“Eles mantêm o controle populacional de suas presas e cumprem importante papel na seleção natural, ao comer os animais mais lentos e fracos. Além disso, ao comerem os animais doentes, feridos ou mortos, preservam a saúde dos oceanos. Sem os tubarões, teremos mares doentes, frágeis e com desequilíbrios imprevisíveis”.
Ataque a humano é raro
O tubarão é um predador, mas os ataques a humanos são raros, diz o biólogo Marcelo Szpilman. Das quase 400 espécies que existem, somente três são realmente perigosas para o homem: o branco, o tigre e o cabeça-chata.
Às vezes o animal confunde o humano com um outro animal ou acha que ele é uma ameaça ao seu território, diz o biólogo. “Em 90% dos casos o animal dá apenas uma única mordida e não quer realmente se alimentar”.
Representantes de 178 países da convenção sobre o comércio internacional de espécies ameaçadas (Cites) decidiram esta semana restringir ao máximo a pesca do tubarão galha-branca-oceânico, de três espécies de tubarão-martelo, do tubarão marracho, e, de quebra, duas espécies de raias-manta.
Arte: O Dia
O biólogo Marcelo Szpilman, do Instituto Ecológico Aqualung e autor de “Tubarões no Brasil”, comemorou. “Os tubarões são seres que precisam ser protegidos, como qualquer outro animal”.
Szpilman explica que os tubarões exercem duas funções primordiais no meio ambiente marinho. Primeiro, como predadores situados no topo da cadeia alimentar, o equivalente oceânico aos leões africanos e tigres asiáticos, os tubarões asseguram um tipo de ordem nos oceanos.
“Eles mantêm o controle populacional de suas presas e cumprem importante papel na seleção natural, ao comer os animais mais lentos e fracos. Além disso, ao comerem os animais doentes, feridos ou mortos, preservam a saúde dos oceanos. Sem os tubarões, teremos mares doentes, frágeis e com desequilíbrios imprevisíveis”.
Ataque a humano é raro
O tubarão é um predador, mas os ataques a humanos são raros, diz o biólogo Marcelo Szpilman. Das quase 400 espécies que existem, somente três são realmente perigosas para o homem: o branco, o tigre e o cabeça-chata.
Às vezes o animal confunde o humano com um outro animal ou acha que ele é uma ameaça ao seu território, diz o biólogo. “Em 90% dos casos o animal dá apenas uma única mordida e não quer realmente se alimentar”.
Reportagem: Antônio Marinho
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